quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fotos Formação Vale do Guaporé




As escolas estaduais de Vilhena participaram de uma Formação de História e Arte na Associação Comunitária Quilombola e Ecológica do Vale do Guaporé – ECOVALE/Município de São Francisco do Guaporé, próximo a Costa Marques. O evento aconteceu entre os dias 08 a 13 de agosto de 2010.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Textos selecionados da Olimpíada de Língua Portuguesa na Etapa Municipal

TEXTO SELECIONADO - POESIA
E.E.E.F.M. MARECHAL RONDON
PROFESSORA: LILIAN PEREIRA GONÇALVES DE PAULA
ALUNO: LUCAS ANDRÉ DOS SANTOS

PASSADO DIVERSO DO PRESENTE

No lugar onde eu moro
Se chama São José
Tem escola tem farmácia
Tem gente de muita fé.

Vou lhe contar um pouco
Da história do passado
Que hoje minha vó fala
Que é muito questionado.

As crianças brincavam na rua
Sem violência sem maldade
Jogavam bola, rouba bandeira,
Cabra-cega como se fosse irmandade.

Os vizinhos aproveitavam
Faziam roda e contavam causos
Onde todos se conheciam e se ajudavam
Tinha festa, tinha baile e até
Festa de São João
Onde comiam pipocas
E tomavam o tal quentão.

Hoje no meu bairro tudo isso acabou
Criança não brinca na rua
Hoje só dá confusão
Com medo da violência
Drogas e ladrão.

Os vizinhos não se conhecem
Não se importa com as amizades
Cada qual com seu problema
Só querem privacidade.

Eu chego agora pelas avenidas
E vejo a crueldade
Árvores que foram derrubadas
Sem nenhuma saudade
A história que minha vó
Contou não bate com a realidade.



TEXTO SELECIONADO - POESIA
E.M.E.F. IVETE BRUSTOLIN
PROFESSORA: ALEXANDRA MARTINS DE ESPÍNDULA
ALUNA: NOEMY EVELIN SILVA RAMOS

VILHENA, CIDADE DO CORAÇÃO

Caro amigo leitor, leia e preste atenção!
Os versos que vou escrever
Do fundo do coração,
Sobre a cidade de Vilhena,
Pela qual sinto paixão.

Sinto-me bastante honrada
Em morar nessa cidade
Pois no rosto da criança
Do moço e do velho
Vejo a felicidade
Oh cidade de Vilhena
Onde todos têm oportunidade!

Vilhena chama atenção de todos
Podemos perceber
Que só tem a crescer
Para cada amanhecer
Ser um belo dia de trabalho ou de lazer

Oh cidade de Vilhena
Como sinto emoção
Em ver teu desenvolvimento
Que nos traz tradição
Entre elas: tererê, costelão e chimarrão

Finalizo o meu poema
Com amor e gratidão
Deixo aqui o meu apelo
A todos os cidadãos
Vamos cuidar de Vilhena
Nossa cidade do coração!


TEXTO SELECIONADO – MEMÓRIAS LITERÁRIAS
E.M.E.F. CRISTO REI
PROFESSORA: VALERIA OLIVEIRA SILVA
ALUNA: CRISTIANE BARBOSA DOS SANTOS

VIDA PASSADA, MAS NÃO ESQUECIDA

Hoje, tenho orgulho em contar o meu passado. Tão belo e aproveitado. Dos meus tempos de criança, só as lembranças de todas as brincadeiras, levadas com o tempo. Ajudei a construir e constituir essa história. É com emoção que falo de como era Vilhena. Muito pequena pacata, desconhecida no mapa. Sem energia sobrevivia a alegria. A lamparina clareava a noite vazia. Na escola adquiria a sabedoria que hoje me fascina. No desfile de Sete de Setembro a cidade reluzia. A Proclamação da República revivia. Com muito respeito, aplaudíamos cada instante. A admiração era contemplada no olhar de cada um. Mas, era a tradicional marcha que roubava a cena. “Como a simplicidade e a originalidade me dá saudades”.
A água limpa dos rios fazia a nossa festa. Reunia com meus amigos e familiares e no Rio Pires de Sá marcávamos presença. “Pena” que hoje está poluído. Vilhena cresceu e com ela eu também cresci. Hoje no mapa lá ela está. Chapada dos Parecis, onde muitas coisas contemplei. Vi a energia chegar, a bola de meia acabar, a televisão a bateria sumir. Os tempos mudaram. As ruas de chão se transformaram em asfalto e tudo o que passei e sofri me tornou gente feliz. Ainda não me apresentei, me chamo Roseli. Não nasci aqui, mas posso contar com belas palavras e com emoção que sou Vilhenense de coração. É aqui que vivi e memórias revivi.
(Texto baseado na entrevista com Roseli Herculano da Silva, 34 anos)


TEXTO SELECIONADO - CRÔNICA
E.M.E.F. VILMA VIEIRA
PROFESSORA: CÉLIA MARIA DA SILVA MORENO
ALUNA: ÁQUILA ESTEFFANI CAVALHEIRO BARBOSA

VILHENA UMA ETERNA CONSTRUÇÃO

Os vi ali, no meu bairro, a Nova Esperança quando caminhava em direção a Avenida Paraná. Eu os olhava fixamente, ninguém os reparava como eu. Notei-os e vi que não estavam em muitos. Nesse momento a cena me chamou ainda mais a atenção. Cada um fazia a sua parte uns ajudando os outros e assim continuavam com movimentos que pode ser comparado ao de formigas trabalhando. Podia não ser para muitos uma grande cena, mas são tão poucos os que trabalham assim unidos.
Percebi que o construir da cidade continua, como já deve ter sido um dia, em outra época, do mesmo jeito que está acontecendo agora.
Não é um local bonito ainda, mas com espaço muito grande, não se vê árvores, nem muitas pessoas: apenas casas, pequenas casas sendo construídas por “eles” em mais um projetos social “Minha Casa, Minha Vida”. Projeto esse que está sendo muito bem implantado mais uma vez beneficiando pessoas que não tem condições de adquirir sua casa própria.
Quantos desses “grandes homens” devem ter trabalhado para termos a cidade que temos hoje.
Fiquei então impressionada fazendo-me pensar e refletir muito sobre a minha cidade. Voltei no tempo e percebi que tudo devia ser assim antes, como aquele lugar, não muito bonito, sem muitas casas e poucas pessoas.
Voltei-me de repente à Avenida Paraná, hoje a segunda mais movimentada da cidade e visualizei-a em minha imaginação, sem todas aquelas casas, lojas, mercados, igrejas e farmácias. Sem praticamente nada, não se pisava em asfalto e sim em pedras e terra. A bela avenida, sem o colorido de hoje com casas, pessoas, com muito verde, apenas o verde das árvores, enormes árvores que deveriam existir na época.
Voltei à cena anterior e me surpreendi, pois percebi que em momento algum reclamavam de cansaço, de dor, pelo contrário continuavam trabalhando. Então reconheci, homens como esses mudaram Vilhena, eles são os heróis. Eles são os surpreendentes “pedreiros”.


TEXTO SELECIONADO - ARTIGO DE OPINIÃO
E.E.E.F.M. ÁLVARES DE AZEVEDO
PROFESSORA: LUCINEIDE RODRIGUES MONTEIRO
ALUNA: AMANDA ADRIANE ROCHA BARRETO

POLÍTICAS DESAMBIENTAIS

Assim como toda e qualquer espécie do planeta a humanidade necessita de recursos vindos da natureza. O homem tem sido o principal agente da devastação ambiental, por isso é necessário que se cumpra a política ambiental, pois esta nada mais é que um conjunto de metas e instrumentos, as quais têm por objetivo reduzir os impactos negativos ao meio ambiente.
Vivemos em um período conturbado, no qual a maior preocupação é preservar a natureza, no entanto, a Amazônia – “o pulmão do mundo” não recebe a proteção adequada, pois suas florestas são desmatadas e queimadas em prol da economia agrícola. Os impactos causados por essa degradação ambiental no período das queimadas, a curto prazo acarretam problemas respiratórios, e a longo prazo o descontrole climático, sendo observado como o Efeito Estufa. Esse fator em conjunto com outros, dificultam cada vez mais a sobrevivência na Terra, mesmo assim, sentindo esses efeitos existem pessoas preocupadas com seu próprio benefício. Como exemplo, minha cidade que na época das queimadas farmácias e hospitais ficam lotados de crianças e idosos e o ar no final da tarde fica insuportável de tanta fumaça.
No cenário da política brasileira, contrariando os ideais perseguidos a longo tempo, para a preservação da natureza, e tentando burlar a política ambiental, o Deputado Federal Aldo Rebelo, que apresentou uma proposta para modificar o código Florestal, um dos artigos propostos está o desmatamento de reservas ambientais e leito dos rios, que ainda são protegidos por leis. Caso esta proposta seja aprovada permitirá aos agricultores total devastação de suas terras sem a obrigatoriedade de manter uma reserva. Tornando assim a nossa Amazônia vulnerável a qualquer um que queira um pedaço de terra para plantar, e o que me assusta é que pouca gente saiba disso.
No município de Vilhena, a cidade onde moro, também conhecida como “portal da Amazônia”, tem sua economia baseada na agricultura, pecuária e comércio. Por isso, seríamos beneficiados se essa proposta fosse aprovada. O presidente do sindicato Rural de Vilhena, Evandro Padovani entre outros ruralistas, acredita não ser preciso tanta preocupação com o meio ambiente, já que este é “ruim” para economia.
Na minha opinião mesmo que hajam benefícios para a economia brasileira, as terras usadas na agricultura já são suficientes para alimentar a população, sendo que o Brasil estoca alimentos, então o único objetivo desse novo código seria o benefício desenfreado apenas dos ruralistas, já que estes não estão preocupados com o desequilíbrio que toda essa desflorestação irá causar, estão pensando somente na parte econômica. Muitas pessoas estão cegas com esse futuro benefício, e deixam tudo nas mãos dos governantes que também não percebem que sem lugar para viver não existe o quê se governar.
Penso que, com a legalização deste novo código florestal estaremos permitindo atitudes irracionais, que a longo prazo poderia causar não só a total destruição do Brasil, mas também como acarretar o fim do Planeta em que vivemos. Uma atitude pode ser decisiva, a de que cada um de nós tenha consciência do que é correto, pois devemos preservar o meio no qual vivemos, já que na realidade somos intrusos nele, devendo então respeitar o seu ciclo natural.

(obs.: Os textos foram transcritos na íntegra, portanto, não foram feitas correções ortográficas, de concordância, etc.)